Sento-me vazio de mim
Cheio de Amor por aqueles que nunca vi
Procuro os motivos para agir
Tentando não só reagir
Olho sem olhos que me guiem e busco algo que sei estar lá.
Na minha mão pousou sempre a diferença e nada nos pode parar.
A mim, a ti, a nós.
Quando acordarmos deste sonho tudo É.
Em mim, em ti, em nós.
Esquecemo-nos de nós e encontramo-nos mais á frente.
O percurso é individual mas não pode ser feito sózinho.
Sózinhos sentimos o outro a caminhar e serenamos.
Enquanto escrevo sinto outros a escrever/sentir as minhas palavras.
Eu, Tu, Nós.
Vazios buscando algo que nos encha uma taça já suja por tantas águas inquinadas.
A necessidade estará em escrever ou em ser lido?
Somos o que somos ou somos o queremos ser?
Será a contemplação inimiga da acção?
Estas e outras, muitas, dúvidas me levam a escrever na ânsia de me conhecer melhor e talvez conhecer outros.