Sonetos : 

É sempre belo o amor

 
Há de ser sempre belo o mote amor
não há quem desdiga a sua ventura
pois sem ele não há na vida a cor
restam os cinzas, negros e a alvura

Se no inverno a neve nos recobre
com o negror do borralho da dor
(essa mortalha do servo e do nobre),
a primavera reacende a cor

Brota no peito a semente bendita.
N' alma de quem no amor acredita,
o arco-íris colore o ardor

Cresce o desejo de novas conquistas
e o arco-íris pintado de listras
pinta-nos o céu da boca do amor.


 
Autor
Jorge Linhaça
 
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