Uma tarde, uma rapariga, um sentimento, uma forma de estar Sentada por entre as folhas, se iria esta encontrar Uma vida, uma pessoa, uma integridade, moralmente feliz Um sossego encontrado, no piar de uma perdiz
Apesar do gelado, da chuva, e das folhas acabadas que a cobrem E encobrem, mas é ela que descobre o que outros não descobrem É o valorizar de uma vida, e valorizar a valorização da poder valorizar È estar no cume do mundo, sem conseguir o chão calcar
È ser feliz, com quem somos, no fundo com nosso próprio ser È valorizar minúsculas coisas, que nos fazem viver e mover Ser feliz, com o que se tem, como uma folha hoje sem vida Que morre alegre por saber que já foi a mais linda da avenida
Todos temos, nossa felicidade e sorrisos, lágrimas e tristeza Talvez por encararmos mal a vida, e no fundo toda a sua beleza Mas cada um de nós, tem a certeza de não poder voar Como a rapariga, que se foca nisso para poder continuar
Como ela, que não vive, premeditando no dia, que há-de vir Mas sim aproveita, o hoje, que vive e do qual não quer partir Um após outro, um de cada vez, um a seguir a mais um Não importa qual a ordem, interessa sim, não perder nenhum
Eu aproveito, a vida, escrevendo, trazendo sorrisos ao ler Também lágrimas, que palavras profundas, obrigam a verter Ela aproveita a vida, com tudo o que lhe traz felicidade Talvez esta seja leitora, e solte um sorriso por este poema… é verdade.