Não tenho a pele nívea,a palidez é devido a tristeza letárgica,depressão,
Nariz de judeus,lábios carnudos,cabelos lisos e pele parda,
Fascista eles dizem a guisa de ofensa,nazi dizem os mais exaltados,
Para contar sobre um líder que não sigo
e falar de campos onde estaria meu povo,
De eslavos imbecis e portugueses imprestáveis,
De brasileiros mestiços e de artistas mortos de vanguarda pelo homem que pensam que idolatro.
Não gosto de pobreza ou de banditismo,
Logo onde não existe distinção entre lados,dedos acusadores e palavras vis,
Extrema direita!É o que sou segundo os heróis do gueto esquecido,
Esquerda por toda parte e escolhem-me como inimigo,
Não tenho partido,voto porque sou obrigado,
Uma águia tatuarei no peito mas adornada longe de suásticas.
Antes pobreza e ignorãncia eram males combatidos
A mulher era fiel e o homem trabalhava,
As casas era modestas mas muito bem desenhadas,
De portugal a comida,o pai aleijado,o Barbalho,o Desterro,meus tios e a bandeira estampada,até no coração.
No entanto atualmente ser pobre e bandido é louvável até a medula,
A honra e o esforço de nada valem,ficam a margem
Todos são iguais,ainda assim dizem apreciar a mistura,
Não compreendo como tantos universos abarcam-se em um só tão limitado.
Do sangue lusitano paterno,da bela mistura de mãe zelosa,
Uma casa fora da favela e livros ao invés de maconha e cola,Wagner e Fado sem pose ou drama,
Bom sujeito não é quem não gosta de samba ?
A timidez e o recato no lugar da desordem,
Defendo a pena de morte e eles liberdade,
Quero um país forte eles incentivam a malandragem.
Respeito e cultura,nobreza ao invés de baderna covarde.
Sou um fascista se isso é ser contra tudo e todos,
Leio Julius Evola e até usava coturnos,
Não ando em grupos,sequer saio agora de casa,
Mas a minha fidelidade permanecerá intocada.
Apodrece este país,apodrece até a Europa,
O mundo ficará mesmo igual,uma porcaria padronizada ,
Defendendo os oprimidos que nos oprimem
Até que o arrependimento tardio apareça
Para provar que nós "fascistas" estávamos certos.