O traço que se traça,
Que nos divide em dois meios
Onde se conhecem os receios,
É limite que nos abraça
E nos tira o infinito
Em silencioso grito.
Separa o imaginário,
Habituado a voar selvagem
Num espaço largo e etéreo,
Do querer ser homem,
De corpo e mistério,
Noutros saberes que se sabem.
Em lado nenhum
Nos foi dito que para ser livre
Era preciso parar o pensamento...
Que o ser uno, unidade, um,
Sendo algo que nasce com a gente
Tem que morrer se se sente.
O traço que se traça
E nos divide o querer do ser
Encerra uma expressão
Doente, nossa, baça
Que nos prende o viver
Nas celas escuras de uma prisão.
Valdevinoxis
A boa convivência não é uma questão de tolerância.