A alegria da vida vem resplandecer no céu
O azul vence à tarde róseo de sol
O horizonte brilha descrente da beleza prudente
A vida recomeça ao ciclo poente
O dia cai e o menino adormecido ao chão
A rua serve de leito ao desconsolado sono
Mais um dia de mendigo solitário abandonado
Ao descaso esplendor da natureza crepitante
Volto ao submundo do faminto pobre
O mundo deveria ser colo aos desabrigados
A luz energiza a manhã sem vencer a fome
As pessoas indo e vindo negam olhares
O menino pegou suas tralhas e foi-se
Mas o grito do olhar adormecido não cala
E a angustia desse sono que perdura
A pergunta é até quando essa injustiça?
Diana Balis