É sempre assim,
As razões que fazem uma alma chorar,
Não se faz em sons,
Apenas num dia, num calar,
Que se perdura, e insiste
Em maltratar, o coração,
Que intentou, num acerto,
Que se deu, em medo,
Por causa do apego,
Então desconserto,
E que insiste,
Em machucar.
É sempre, e mais um instante de dor,
Se eterniza por entre a fala,
Que narra a estória de um sofredor,
Que no intento de amar no quarto do viver
Ficou apenas na sala, do fenecer,
E quão doce é o meu amar,
Entre o sofrer e fenecer,
Ambos que em minh'alma ténue se dão,
E sempre fica a mínguas, se fica só,
O coração...
É sempre, num sempre, que sente.
A alma, que sofre, e só o coração, sempre...
Antônio Logrado