*** MARCAS ***

Todos nascemos cativos, qual escravos em senzala
Mas podemos ser ativos, no mesmo braço que embala
A roda da vida marca, aquele que é mais forte
O mais fraco se demarca, com a lei que o comporte

É por mando ou dinheiro, que se marca uma história
Com um escravo no terreiro, será sempre uma glória
Também o canário belga, como outros passarinhos
Seu espaço não se adelga, com anilha nos pezinhos

Gorjeia o canário a sua sinfonia
Matraqueia o recruta seu canto de guerra
Que sina de luta os dois estão presos
Libertos não vivem, anilhados a sorte

Modernos feitores com armas nas mãos
Podem ser tradutores, com muitos milhões
Poucos senhores, escravo sem torrão
Em todo país, pesados grilhões

Aos donos do mundo a mesa é farta
Banquetes imensos profundos embates
E a eles, não é isso o que importa
Se o resto do mundo entre si se debatem

O amor tem presente, se preso liberta
Contraste aparente ele deixa vibrar
Quem sabe do amor, sente e acerta
É livre é solto, sem anilhas prá voar.
***RosaMel***
 
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RosaMel
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Enviado por Tópico
Fhatima
Publicado: 26/10/2008 02:54  Atualizado: 26/10/2008 02:54
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Usuário desde: 12/02/2008
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Mensagens: 3336
 Re: MARCAS
Olá Querida Rosamel!

Poesia social onde retratas, toda a problemática em que os escravos se vêem coagidos por um domínio
exacerbado por um poder que prende, somente o am or verdadeiro liberta das amarras!
Excelnte tua poesia!

Beijinhos de luz!

Fhatima


Enviado por Tópico
Alberto da fonseca
Publicado: 26/10/2008 10:28  Atualizado: 26/10/2008 10:28
Membro de honra
Usuário desde: 01/12/2007
Localidade: Natural de Sacavém,residente em Les Vans sul da Ardéche França
Mensagens: 7080
 Re: MARCAS
Excelente poema social, onde no fim só amor tem o verdaeiro valor que deveria de existir em todo o ser humano.

Parabéns Rosa Mel

bja s poetisa
A. da fonseca