Século xx
Em pleno século xx, quando já se associam ao mistério da inconsciência, extrapolando a própria realidade do sabor factício da vitória.
Surge no espectro valente da máquina, a potência inexaurível do fluxo intermitente da vaidade, onde se perde na sombra inconstante da própria sapiência.
Redundando no explosivo e insofismável holocausto da humanidade, onde o efêmero pensamento de paz é utopia dedálea, para um inexorável mundo que naufraga no nefasto mar da insensatez.
Enquanto que, o alfarrábio de Deus preconiza em seu inefável conteúdo, vaticinando o futuro! Porém, trilhando no irrefragável alvedrio da prepotência, aniquilam a vida desta mafra amofinada, irresoluta e ababelada.
Escruta-se pelo universo! Na mais írrita expectativa. Concomitantemente, no inóspito mundo, afogam-se os homens nas mágoas do desespero.
Espelhando um Ravensbruck hodierno, onde os inexcitáveis homens comandam e ordenam os genocídios. Não é o misoneísmo que afeta o meu cérebro. Tal qual a cigarra ao fretenir pelos ares, por hilaridade ou hipocondria, faço retinir também pelos recantos de todo o universo, o mais cristalino e flamejante ideal.
E, somente quando os homens, se encontrarem no pináculo do altruísmo e do amor e do seu cerne fluírem as vibrações positivas do bem, cessará o flagício na face da Terra. Os andrajosos e os famélicos em grandes falanges hastearão sua bandeira e aguardarão o novo porvir.
E o homem, então, começará a compreender a verdadeira significação da filosofia da vida.
(Escrito em 1975)