Poemas -> Tristeza : 

O destino de Zé Parada

 
Tags:  morte    FESTAS    raios    temporal  
 

Vejam na beira daquela estrada
A casinha que está abandonada
Pois já não tem nenhum morador
Nesta casa vivia o Zé da Parada
Que era amigo e bom camarada
E na viola, um grande tocador

Todo fim de semana havia função
Onde ao som de viola e violão
Reunia neste local muita gente
E aí se fazia uma grande festa
Que alegrava essa casa modesta
E todo aquele povo aí presente

Na semana Zé trabalhava todo dia
Mas aos sábados havia cantoria
Em sua festa que era costumeira
Porém em um dia, um temporal
E um raio de proporção descomunal
Destruiu a sua família inteira

Noutro dia três caixões saíram
E muito devagar eles sumiram
Lá na última curva do cafezal
E Zé Parada soluçava na janela
Enquanto isto, os sinos da capela
Repicavam muito tristes sem parar.

jmd/Maringá, 24.10.08


verde

 
Autor
João Marino Delize
 
Texto
Data
Leituras
941
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.