Enviado por | Tópico |
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Tânia Mara Camargo | Publicado: 24/10/2008 15:06 Atualizado: 24/10/2008 15:06 |
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Re: LAS CALLES DE UNA HERIDA ARGENTINA
Jessé quero parabenizá-lo pelo poema,
que grande mente a sua, bem lembrado aqui, as avós da praça de maio. Dia 24 de março de 2006, exatamente 30 anos após a instalação de um dos golpes militares mais sangrentos da América Latina, mais de 100 mil pessoas foram à Praça de Maio, em Buenos Aires, para dizer “Nunca Mais” às ditaduras militares e lembrar os desaparecidos durante o regime. O protesto convocado por mais de 370 entidades e liderado pelos movimentos de Mães e Avós da Praça de Maio começou na noite de 23 de março e terminou às três da madrugada do dia 24, hora do início do golpe militar, na mesma data, ano de 1976. Os chamados “anos de chumbo”, como foi batizado o período entre 1976 e 1983, deixaram um saldo de 30 mil desaparecidos, além dos episódios de tortura nas mais de 600 prisões clandestinas e seqüestros dos filhos de presos políticos, ainda bebês. “Além das 30 mil mortes por desaparecimento, houve as mortes legais, que foram verdadeiras execuções”, afirma o argentino Osvaldo Cogiolla, professor de História da Universidade de São Paulo (USP). “Foi um regime terrorista no sentido real da palavra. Estava ali para infundir o terror na população, apoiado pelos empresários e com a conciliação dos partidos políticos”, afirma. Até hoje, muitos jovens não sabem que seus pais adotivos são “os assassinos de seus pais verdadeiros”, lembra o professor, que foi exilado ainda em 76 por ser militante do Partido Obrero. O 83º NETO No início do ano, a organização Avós da Praça de Maio (Las Abuelas) localizou o 83º recém-nascido seqüestrado pelos militares. Hoje, está com quase 30 anos. No entanto, de acordo com a entidade, mais de 400 jovens continuam vivendo com identidades falsas, sem conhecer a verdadeira identidade. A chamada noite da “memória” fez parte de uma lista de atividades que marcaram a semana do dia 24, declarado feriado nacional pelo presidente Néstor Kirchner. A manifestação na Praça de Maio, a maior dos últimos anos, foi marcada pela divisão dos organizadores. Durante o ato, algumas entidades apresentaram um documento que, além de repudiar os crimes da ditadura, criticou a política econômica do governo Kirchner e protestou contra a guerra do Iraque. O texto afirma que a dívida externa argentina é herança da ditadura e condena a decisão do presidente de mandar pagar, no fim do ano passado, a dívida total do país com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Representantes de um grupo das Mães e a organização Avós da Praça de Maio discordaram do texto e se retiraram antes do fim do ato. “Nenhum governo fez tanto pelos direitos humanos quanto esse”, opinou Alba Lanzillotto, integrante de Las Abuelas. No ato, Kirchner inaugurou também a placa “nunca mais golpe e terrorismo de Estado” e cobrou punição para o ministro da Economia da ditadura José Alfredo Martínez de Hoz. Na véspera do aniversário do golpe, o governo anunciou ainda que tornará públicos os arquivos secretos da ditadura. Ao fazer o anúncio, a ministra da Defesa, Nilda Garré, afirmou que não colocará restrições à divulgação de documentos |
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jaber | Publicado: 24/10/2008 15:27 Atualizado: 24/10/2008 15:27 |
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Re: LAS CALLES DE UNA HERIDA ARGENTINA
Realmente uma profunda reflaxão sobre um dos periodos mais negros da historia do mundo. sim pk é tb a nossa história. E depois essa explicação da tânia está tb ela de uma profundidade arrepiante.
Um abraço Jessé (e tânia também) |
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FatinhaMussato | Publicado: 25/10/2008 12:44 Atualizado: 25/10/2008 12:44 |
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Re: LAS CALLES DE UNA HERIDA ARGENTINA p/ jessébarbosadeolivei
E como é doloroso falar e escrever sobre a dor da perda, dos seres queridos e das esperanças, que tantas vezes se escondem sob as cinzas do desalento e da inércia...
Mas a imagem do girassol, nos convida a erguer a fronte e, renovados, seguir adiante, rumo à liberdade e à paz! Beijinhos de Luz em seu coração, Fatinha. |