HUMANIDADE
(Davys Rodrigues de Sousa, Teresina-PI – 22 de Outubro de 2008)
O que você espera do Mundo?
Vivemos, sonhamos, esperamos,
Brincamos, amamos, sentimos...
Para que mantemos esperança?
Para que mantemos os sonhos?
Tudo na vida tem seu tempo.
O homem tem seu tempo...
Mas outrem pode roubar sua esperança,
Destruir seus sonhos,
Tirar a sua essência.
Não nos pré-julgamos chamando a nós mesmos
De seres humanos?
Humanos, por qual natureza?
O homem é o lobo do homem.
O Mundo sangra pelo que o homem cultiva
É como uma hemorragia se colocando para fora,
É como um aborto espontâneo visceral
Chocando-se contra a natureza.
O que cultivamos para nós?
Deletério, o homem vê sua hora,
Sua estrela, seu caminho,
O homem vive, embora,
Ele se mate a cada dia
E mata a vontade de outro.
Às vezes, sonhamos acordados,
Mas, continuamos sendo vitimados,
Esquartejados, dizimados em nossa dignidade,
Moral e ética.
E onde está o Ser Humano?
A poesia fugiu do mundo.
O homem foge do homem.
Há uma corrida contra a humanidade.
Mas que humanidade?
É uma corrida truculenta, genocida,
Feroz e sombria...
Cruel, a face da sobrevivência,
Onde nada parece ser como deveria,
Onde o que governa é o caos, a ambição,
A morte sobre a vida, a inveja, a mentira,
As máscaras... Que identidade? Que essência
Podemos dizer que temos?
E o que nos resta? Que esperança?
Que humanidade?
Davys Sousa
(Caine)