É uma pena, mas você não leva
Caros amigos:
Hoje quero ter uma conversa com aqueles que são políticos, eleitos pelo voto popular e também com você que de uma forma ou de outra está engajado em alguma Repartição Pública a serviço do povo.
É muito comum ouvirmos que alguém está apropriando indevidamente de dinheiro público, ou que está ganhando dinheiro ilicitamente com os favorecimentos escusos.
Os espertinhos pensam que o povo não sabe de nada ou ficam de tal forma envolvidos com a roubalheira que não se preocupam com o que estão comentando.
Sempre existe uma primeira vez. Como todos nós sabemos, muitos homens têm preço. Alguns são mais caros outros mais baratos. Existem também, aqueles que com certeza, não se vendem; caso contrário: a proposta surge, o olho cresce, a coragem aparece, a dignidade afasta e a corrupção acontece.
E tão comum nos dias de hoje encontrarmos políticos eleitos ou pessoas que ocupam cargos públicos, entre eles, os demissíveis “ad nutum” que antes do mandato ou de ocuparem os cargos eram pessoas pobres e até honestas, que logo depois o seus patrimônios triplicaram-se sem explicação plausível, e se fizermos as contas dos salários percebidos no transcorrer do tempo que estiveram usufruindo do poder é de se notar que houve realmente uma apropriação de valores que não constavam da sua folha de pagamento.
Tome como exemplo alguma pessoa da vida pública que você conhece, que se enquadre nessas condições e procure fazer a seguinte avaliação: Analise como era a situação financeira, do mesmo, antes da oportunidade ou da infelicidade de tornar-se um homem público. Trace agora um paralelo do antes e do depois e faça o cálculo do “quantum” recebido; multiplicado pelo tempo de permanência no cargo. Se no final estiver mais ou menos empatado podemos acreditar que se trata de um bom cidadão, mas se a diferença de patrimônio for muito grande e o serviço público a única fonte, com certeza é um grande ladrão.
Até ai tudo bem; conseguiu enganar a todos com destreza ou pelo menos pensa que conseguiu enganar. Sinceramente eu não pretendo julgar você nesse artigo apenas alertá-lo porque eu sinto tanta pena, mais tanta pena que ao invés de lhe censurar prefiro é pedir a Deus por você que o perdoe pelo que não conseguiu enxergar e Tenha Misericórdia pelos erros que você cometeu.
Quando você estiver passeando no seu carro novo, ou no seu avião; de férias em algum outro país, ou mesmo por alguma praia qualquer; quando estiver sentado em restaurantes luxuosos, saboreando um apetitoso caviar, ou um belo churrasco, ou estiver promovendo uma super festa para os seus convidados de elite; estiver comprando roupas caras, de marcas famosas, ou até mesmo estiver sendo bem tratado no caso de alguma urgência médica com profissionais a sua disposição e apartamento com acompanhantes em algum hospital luxuoso, é bom lembrar que Deus permite a cada um de nós, através do nosso livre arbítrio o direito de realizar tudo aquilo que desejarmos, mas em contrapartida nos dotou com um dispositivo chamado consciência e não há nada mais terrível do que o cárcere dessa própria consciência.
É exatamente agora que eu quero chamar a atenção, para que quando você estiver em alguma das cômodas situações acima descritas, alguém estará certamente caminhando no frio há mais de horas para chegar ao trabalho dentro do horário, ou estará em um lixão recolhendo migalhas deixadas na sua opulenta mesa; ou quem sabe recolhendo o agasalho que você jogou no lixo porque não gostou muito da cor; ou se nada disso for quem sabe alguma mãe espera sob a chuva, a hora de fazer a matrícula do filho, ou quando não está com o próprio filho nos braços na porta lotada de algum hospital por ai, desesperada sem o mínimo recurso apenas com os aplausos da fome e da dor.
Caro ladrão: é por sua culpa que outros padecem. Quero apenas lhe recordar que de nada adianta apropriar-se indevidamente, pois o alheio chora o dono, e certamente quando a doença também lhe bater às portas, o câncer visitar o seu corpo ou a morte começar a lhe estender as mãos e você olhar para toda a sua fortuna, construída com os recursos que você desviou, que não lhe pertenciam e sim aos necessitados; vai saber que tudo ficará para trás, que jamais fará fartura aos seus dependentes e que não levará nem um centavo no bolso, pois a única moeda que agora teria valor para aquisição de sua paz, seriam as virtudes encontradas no seu coração.
Pare e reflita, valeu a pena?