Quem disser que nesta vida nunca sofreu, mente,
Querendo a dor da vida deliberadamente ocultar,
É sabido que a felicidade é, tão simplesmente,
Momentos instatâneos de prazer, não vou negar.
Somente o sofrimento é inerente ao ser humano,
Este vale de lástimas está sempre a demonstrar,
É este um asserto que jamais foi mero arcano,
Mundo das algias, ninguém consegue explicar!
Infortúnios e tristezas são vertentes do dissabor,
São o dia-a-dia do homem neste orbe a penar,
São o canto merencório de uma súplica de amor,
São gritos de misericórdia que a ninguém vão dar.
Ah! Prazeres meus! Por que este meu desamor?!
Existência sórdida! Ó Divino, só a Ti posso rogar!
Rivadávia Leite
AQUARELA DE UM SONHO
Aquarela de mulher excêntrica e vaidosa,
Como é estranho este teu lângüido pensar!
Esta cisma persistente e assaz desastrosa,
No meu caminho, jamais deixarei passar!
Satírica maneira que te faz tão escabrosa,
Vendavais...