[Dê um afago... – não custa nada!].
Qual foi o maior dos afagos?... – O maior afago foi o afago da cruz!... – Sem dúvidas...
Todos os dias eu tenho a necessidade de sentir-me abraçado, de um carinho, de alguém que me pegue no colo;... – que me entenda.
Ao longo da minha existência insólita e efêmera como um ser humano sobre o Terra tudo faço para observar os dispositivos e as artimanhas do amor... – o amor em filhotes das cãs, o amor em filhotes das gatas, o amor em filhotes de macacas, o amor em filhotes de éguas e onde a experiência tática tem, paralelamente, o valor análogo ao alimento no aprendizado e no comportamento.
Se eu trocar os filhotes das cãs, das gatas, das macacas e das éguas, pelos filhotes de outras espécies; de que isto me adiantará?... – Cada qual reconhece a sua própria cria, logo, se conclui:... – o tato é muito importante para a vida.
Esses filhotes se relacionam com o mundo exterior, mas, na hora da mamadeira, correm para a mãe porque reconhecem, nela, nada mais, menos do que – o toque do amor.
Portanto, um filhote criado na solidão e no abandono será, sempre, um animal estressado, problemático, de difícil relacionamento;... – evita o contato social, está sempre amedrontado, tem uma postura de recolhimento, e, pasmem, parece tocar a si mesmo – como forma de suprimento de suas próprias carências.
Eu chamaria a isso, simplesmente, de falta de identidade.
Por essa razão, a estimulação tátil deve ser sempre algo satisfatório, afetuoso, propiciando proteção e segurança porque é a cédula, a tinta, o registro geral, a impressão digital que condiz com a identidade.
Por isso, ainda que sejamos economistas, contadores, ou, simplesmente financistas, não se deve aplicar os conceitos econômicos à complexa plenitude da vida.
Na economia lidamos com a oferta e a demanda, na contabilidade com os efeitos dessa oferta e dessa demanda, porém a meta principal outra não o é que não seja o lucro financeiro.
No entanto, a vida tem como dualidade – o amor e o ódio – e, nesse caso, a nossa meta nada mais, nada menos é a satisfação pessoal.
Demais disso, na economia, a moeda e o lucro, na vida a moeda é a paz, e, não se pode fugir de uma singela verdade; na economia o lucro virá sempre das vendas, na vida a paz virá sempre do afago... – por isso, não economize o afago!
O maior dos afagos começa na criação não do homem que Deus não criou, mas da humanidade que Deus criou, configura-se no julgamento de Adão e Eva, de Satanás e do Terra, e, consolida-se no resgate da cruz... – pense-se nisso!