Passamos de uma margem para a outra, sem sentido em nós.Nesse passar o abismo cai em nós a luz, carregada de sentimentos, de sonhos por viver, num pensar que a metafísica se sobrepõe à matemática escrita ao nascer.
Carregamos fardos de penas, de dores subterradas. Passamos para uma margem, onde a incompreensão desatina e se desalinha, como nada mais houvesse que este querer sermos alguém.
As ruas, cheias de semáforos, proíbe-nos de ultrapassar o vagabundo que em nós existe. E por ali ficamos olhando o infinito, num finito em nós.
conjugamos todos os verbos no incondicional imperfeito, carregado de passados que não os nossos.
E ficamos na outra margem à espera de uma vaga, que nos leve o presente, confinados ao futuro.
Eduarda