No velório do sol arrancarados meus olhos,
escancarei as chagas em coração reluzente,
Tão distante passeiam nossas crianças mortas,
A sombra de árvores defuntas que as enlaçam,
O fulgor outonal de corpos inanimados.
Nívea face de anjo apodrece no sótão,
Úmido bolor devora o que resta de beleza,
Uma oração entre dentes podres,
Apenas o amor salva,apenas ele destrói.
A lua acariciou-me terna,
Sangue púrpura espirrando no plenilúnio fatídico,
A comoção dos esqueletos bailando no pó
Dos meus últimos sonhos consumidos pela desgraça.