NUNCA MAIS DIREI QUE TE AMO
© Magroalmeida
Serei alvo de tuas sarcásticas risadas
se eu confessar que ainda te amo,
mas ficarei calado...Eu juro!
No silêncio do catre dos meus desenganos,
aguardarei, impaciente, o tempo passar...
Assistirei a partida do outono
que abrirá as portas para o inverno
e, entre uma estação e outra,
apenas a certeza da tua decadência
alegrará os meus dias...
Quando a primavera chegar,
nos jardins das minhas desilusões,
as flores sorrirão anunciando a tua decadência...
Enquanto isso, ingrata, dance e cante
sob os acórdes da tua maldita leviandade...
O tempo, como senhor da razão,
te marcará com a idade e então verás,
no espelho do teu egoismo,
o reflexo da tua insensatez.
Só então poderás perceber
que a tua busca desenfreada
pelos prazeres da orgia
te tornou imperfeita para viver
os melhores anos de tua vida
ao lado de um verdadeiro amor...
Sofrerás com o frio da solidão
que envolverá tua alma
e nunca mais terás de volta
o amor sincero que eu te oferecí
e que foi desprezado pela tua maldita ingratidão...
Nesse dia,
as lágrimas, que tanto derramei por ti,
se transformarão em cinzas e serão levadas
pela brisa da paz que refrescará minha alma
expurgando do meu ser todas as lembranças
que porventura ainda restarem da tua imagem.
E assim, leviana,
traída pelo egoismo e pela prepotência,
peregrinarás em busca de alguém que te conforte
enquanto eu, aquecido pelos raios de sol
de um lindo verão, na paz da minha solidão,
brindarei o teu triste fim.
© Magno R Almeida
---------------------------------------
Obra registrada na Biblioteca Nacional
e protegida pela Lei 9610 de 19/02/1998
---------------------------------------