Amor não é uma repetição, de coisas ditas
ou preconizadas. Pois se foram essas coisas,
que, urdidas, com persistência, se fizeram
luz e cor, a cada beijo dado, a cada abraço
sentido, encontrado que foi o gosto, de cada
um, nas mais variadas situações, que, não
tememos nunca, pormos à prova.
Mais o amor nunca foi algoz, nem inflexível,
antes um livro aberto à novidade, descoberta
contínua, que não pára de nos surpreender e
se instala no coração, esperando a sua vez.
É que o amor é curioso, parando em todos os
jardins, fazendo comparações, se estas assim
o bem seduzem, acrescentando algo de novo.
Inicialmente houve recusas (ou antes dúvidas),
e, ambos tivemos de ceder, em nome do amor,
em nome de nós próprios. Não foi nada difícil,
perder determinados caprichos, de toda uma vida,
pois que, o que falava, falou sempre mais alto,
para que escutássemos nossa voz, bem dentro de
nós: unos finalmente, construímos nosso anelo.
Jorge Humberto
20/10/08