Das trevas que anunciam a sorte
Feliz de quem morre
Na certeza de que cumpriu sua missão...
Uma guerra, uma rosa,
Um cântico que se foi...
Passagem oculta
De mistérios insondáveis...
Não há medo,
Não há coragem...
Opções que se cercam
De surpresas indesejadas...
O ambulante passa...
Passa a criança,
Passa o idoso...
Passa água em feições condoidas...
Suspiros,
Gemidos,
Gritos...
Lamentos de quem ficou...
"Há poemas ininteligíveis nos seus elementos, porque só o poeta tem a chave que o explica; mas a explicação não é necessária para que pessoas dotadas de sensibilidade poética penetrem na intenção essencial dos versos"
Manuel Bandeira