Herança ancestral dos esquecidos,
Anjo caído estuprado pela consciência perdida,
Hermafrodita eu cuspo sêmen no altar,
Carrego a cicatriz da melancolia desfigurada.
Longos braços para alcançar frutos decompostos de sabedoria proibida,
Nos lábios convulsos um pedido de ajuda,chagas clamam pelo amor ausente,
O filho chora deformado no ventre,amamento a noite,
Estéril a voz dizia quando morreu o primeiro.
Rejeitado e impuro o estigma floresce cobrindo a pele,
O ciclo eterno dos dias passeia nas veias dilatadas,
Ocupada a esperança brinca com pensamentos vagos
acariciando meus órgãos confusos que estremecem.
Hermafrodita,resisto contudo,
Apaixonado pela morte copulo de forma repugnante,
Atrofiado rastejo junto ao medo abortado,
Lágrimas como pus,gozo sangue e vomito,
Desisti de implorar por um minuto de felicidade.
O texto é um tanto estranho na minha opinião,também não sei como classificá-lo mas mesmo assim decidi publicar.