Reporto-me à realidade do quotidiano,
com a moral que nunca tive.
A ética nasceu de um querer...
não de um sentir.
Na ânsia inconsciente.
de renunciar ao sossego de uma tarde sem metafísica,
lanço-me em atitudes sonâmbulas
com quimeras desenhadas no meu corpo.
Abandono-me à embriaguez
de versos que nunca escrevi,
com boca salgada e fechada de mil sonhos,
na quieta plenitude,
de amar o desconhecido...
e de odiar o saber nascido em mim.
Eduarda