Em luzes desprovidos de saudades, surgem caminhos reflexos de um estar cansado, sem motivo aparente em si.
Neste tempo, com olhos de infância, escolho o ritmo dos meus passo e fecho os olhos a cantar.
Tenho lágrimas de esperanças partidas,mastros em dias de tempestade.
Mergulho na vã tentativa de seguir um rumo que não o meu, objecto passado em mim.
Distraio-me nas ondas, que languidamente batem em meus pés, e destruo o castelo de areia montado no meu quarto.
Sem endereço ou adereço, visto-me de liberdade e de sensações absurdas...e a minha pena é maior que todas as razões, decadente, que nunca quer partir.
Em ideias velozes e sombrias crio um corpo, despojado de artifícios, com boca no Universo e vertigens no olhar...de ter falhado o sonho que nunca sonhei.
Eduarda