Fraco o corpo que se deixa levar
Pela brisa das marés e ondas do mar
Seguindo sem rumo para onde fôr
Ferido no orgulho, de casco partido!
Leve a alma que o céu há de recolher
Um dia quando o Sol se esconder
Por trás de nuvens carregadas de tristeza
Limitando carpir lágrimas de pureza!
Espírito aberto para novas conquistas
Que Deus no céu abra-lhe as portas puristas,
Navegando no mar alto sem saber para onde ir
Segue o bando de Andorinhas que acaba de partir
Para outras paragens onde a Primavera está prestes a chegar
Paraíso perdido difícil de encontrar!
Abre-se os olhos, tudo em volta é estranho
Novas paragens, mundo de estanho
Floresta densa que esconde perigos
Mundo distante, longe dos amigos1
Carteira vazia, sem dinheiro para pagar
Um rico pequeno-almoço, quanto mais um jantar!
À beira de um precipício encontra-se o corpo decadente
Prestes a por término à vida, só dando um passo em frente!
Bela é a luz que guia para o além
Dentro dela surge a mão de alguém
Que nos puxa para a luz e nos diz “não tenhas medo, vem”
Nas asas de um anjo sigo a viagem
Cruzo os céus vou para outra margem
O sentido do que é sonho, do que é real
Aqui não faz sentido, tudo é pacífico e normal!
Os olhos abrem-se, de novo em sobressalto
Acordo e escuto um aralto
É hora de acordar....
O relógio apenas soou para despertar!
Marco Viana – 14-04-07
No sonho de uma criança existe sempre ventos de mudança...