Sou tão díspar de ti Que por essa janela espaçosa Vejo almas sem prazer sentir Enquanto vês corpos em dança misteriosa
Percebo cicatrizes passadas que hoje geram temor Tu notas diferenças de cor e vestimenta A meu ver já não há nos andantes o amor Para ti é verdadeiro cada sorriso que se apresenta
Digo que um olhar significa interesse Dizes que nesse espelho da alma tudo se vê Enfim há concordância, ainda que sem querer
Somos opostos de uma mesma moeda Há um pouco de nós em cada ser que pensa Sois a esperança e eu sou a descrença