Qual Pinóquio,
Qual Robótico,
Qual Anjo ou Demónio,
Não vens o que o mundo tem para ti
Numa bandeja de estranho estanho
Coberta por rubro gelo?
Tentas entender esse incontrolável
Que nunca pára de bater.
Tentas saber o que ele te transmite
E que o processador bloqueia sem motivo aparente.
Já vistes estas cordas que te seguram
E não sentes a mão do Destino?
Queres tentar ver o mundo,
Os sentidos constantemente congelados,
E não sentes o que máquina diz.
Não vale a pena pores mais óleo, nem mais lenha
O que pretendes, não te demonstras
E esqueces o imperfeito perfeito movimento do momento.
Um mecânico, um médico, um especialista,
Um anjo, um cúpido, um demónio contorcionista
Bem tentam ajudar
A descobrir a acção do sentimento.
Mas tudo que queres
É puramente sentir.
E desta feita,
Amar, Viver, Agir, Descobrir,
Tudo e mais alguma coisa
Para saborear o momento da verdade.
Deixa de ser Pinóquio
Corta essas cordas que te prendem
Deixa o Robot em casa
E troca a máquina por alma.
Tudo o que queres é sentir.
Simplesmente sentir.
P de BATISTA