Ainda tem muita gente, que confunde,
pessoa com poeta, deixando-se enredar,
em amores platónicos e impossíveis,
que essas pessoas, teimam em alimentar.
Muitas das pessoas podemos falar com elas,
sem nos sentirmos, de parte a parte, algoz
do que é uma simples amizade, que
as pessoas mantêm de bom grado e bom uso.
Outras julgam que, pelo que o poeta escreve,
tem de agir, consoante suas palavras, ante
quem o lê, esquecendo-se porém, que poeta
é um Homem, com suas muitas interrogações.
Não deixa de ser verdade, que poeta é verso
do Homem, embora poeta possa fingir, não
deixa de estar em consonância, com ambos,
isso não faz dele servo, nas mãos de ninguém.
Exige-se respeito e discernimento, bom senso,
quer o poeta pelo leitor, quer o estado inverso.
Qualquer poeta sofre, de igual modo, as dores
do Homem, com uma intensidade sem igual.
Mas apesar disso não é nem pode ser um bicho
estranho, no seu dia a dia, com os outros, no
que escreve, tentando descortinar novíssimos
caminhos, que ajudem, os mais desfavorecidos.
Poeta é alguém, que nasceu com um belo dom,
e, sua obrigação primeira, é sempre os outros,
não fugindo nunca, à sua filosofia de bem viver,
sem mentira, nem usar jamais, de frivolidade.
Se poeta diz que ama é porque ama, porém há
várias formas de amar, e, é isso, que muita gente
continua a tirar conclusões precipitadas, porque
amar não é declaração, que o amor é só de uma.
Jorge Humberto
13/10/08