O silêncio ecoa na sala
Deslizam lápis, canetas
Abandonada uma mala
Pousadas umas lunetas.
A escrita que queremos, dar lugar à nossa voz
Há muito que nos perdemos
Há muito que me sinto só
Divago do sítio onde estou
Distraio-me com o papel
Perdi a noção de onde vou
A boca sabe-me a fel!
Mais um dia tão igual
Ao outro já passado
Na rotina do banal
Sinto-me somente abandonado