De propósito deixaste cheiro de amor nos lençóis
espelharam-se nos olhos, lágrimas que iam rolar
meu coração cresce no peito, como cresce o mar
ao longe, um negro céu, resplandece em faróis!
Saudade instiga meu peito, lembrar-se de nós
beijos ardentes que agora, soçobram, além mar…
teu seio flamejante, inesgotável dadivar!
atiçados prazeres, só, sentidos, quando, sós!
Partiste… morria o sol… era sim, o mar, meu algoz…
tremia, mas frio não sentia… só meu peito, naufragar!
dor que consome em ardor, ademais se assentar!
Como morre o dia… morto está meu coração!
como se fez Fênix, em findas cinzas seculares!
revolverei meu sentir por inteiro, se voltares!