Desço vagarosamente a rua.
Ainda trago comigo o beijo,
furtado pela manhã, janelas
fechadas, ao frio que teimava
lá fora, enquanto nos
achegávamos mais um ao outro.
Sempre solicita, saltaste da cama,
dirigiste-te à cozinha e preparaste-nos
um belo repasto, para nosso
pequeno-almoço.
Com uma cara típica de sono, sorrimos
um para o outro e pusemos a conversa
em dia, incentivando-me, para mais um
dia de intensa labuta.
Despedimo-nos, com um, até logo, e,
nos abraçamos, coração com coração!
E agora, que me recordo de nós, do
nosso pequeno mas grande momento a dois,
assobio para quem queira ouvir, que sou
feliz, ansiando o regresso a casa –
à nossa bela e tranquila casa, cheia de amor,
sem luxos, é certo, mas onde nada falta,
principalmente o respeito, um pelo outro.
Jorge Humberto
12/10/08