Saudade
Jorge Linhaça
A coluna marmórea, silenciosa,
vil testemunha deste meu sofrer;
pobre suporte da luz do meu ser,
ouve quieta meu pranto em prosa
E se em meus versos souber me expressar
alí estará a pétrea coluna;
a não dizer-me palavra nenhuma:
testemunhando este meu lagar
Dói a saudade, congela-me a alma
treme meu corpo suado de frio.
Espinhos cruéis das folhas das palmas
São meus adornos, os meus atavios
e quando a dor no peito se espalma
queima minh'alma tal como um brasil
Arandú,13 outubro de 2008
anjo.loyro@gmail.com