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Poemas : 

Grito

 
Olho distante o passado,
Sinto o vazio presente,
Sinto o sangue que fervilha,
Numa vida ausente.

Sigo veloz o caminho,
O vento gelado na face,
O grito preso que parte,
As amarras impostas que prendem…

O tempo corre infindável,
Num ciclo negro sem fim,
Perco o destino que quero,
Embarco sem rumo, perdida de mim!

Choro o passado,
O presente,
Exausta na batalha,
Sem qualquer porto de abrigo,
No campo do inimigo,
E mais uma bala penetra num coração já ferido!

Penetra lentamente,
Saboreando cada instante, cada momento vivido,
As lutas, as vitórias, as derrotas…
E solta-se o grito abafado de um corpo já vencido!

13/10/08
01:34h

Diana Gomes

Diana Gomes

 
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DianaGomes
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Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Gleidston
Publicado: 13/10/2008 00:53  Atualizado: 13/10/2008 00:53
Da casa!
Usuário desde: 12/05/2008
Localidade: Barreiro
Mensagens: 272
 Re: Grito
menlacólico e introspectivo,mas com uma boa reflexão,forças para que erga esse corpo já vencido e sucesso na caminhada de esperança,
big abraço!!!


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 13/10/2008 09:57  Atualizado: 13/10/2008 09:57
 Re: Grito
Um quadro poético tingido de cores carregadas de drama e amargura.Um belo exercício. Abraço.


Enviado por Tópico
António MR Martins
Publicado: 13/10/2008 23:00  Atualizado: 13/10/2008 23:00
Colaborador
Usuário desde: 22/09/2008
Localidade: Ansião
Mensagens: 5058
 Re: Grito
Fortíssimo poema sobre algo que desvanece...não se deixe abater.
A vida tem destas coisas.
Adorei o poema.


Enviado por Tópico
Luz&Sombra
Publicado: 13/10/2008 23:09  Atualizado: 13/10/2008 23:09
Da casa!
Usuário desde: 01/10/2007
Localidade: Cantinho à Beira Mar Plantado
Mensagens: 410
 Re: Grito p/ DianaGomes
Poema forte e dorido!

Grita, grita muito, mas nunca te dês por vencida!

Beijinhos.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 13/10/2008 23:59  Atualizado: 14/10/2008 00:00
 Re: Grito
da vida e da morte


só a morte vence os corpos
esses corpos tão feridos

e mesmo depois da morte
continuam redivivos

aqueles que são amados
e que nunca são esquecidos.

Domingos da Mota

Belo o seu poema,

DM

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