“A história de amor: De Amor e Morte…”
Ele;
Pequeno e de débil figura,
Mas de harmoniosa e imponente alma.
Ela;
Majestosamente elegante em postura,
Desesperante e agonizante em espírito sem calma.
Ele;
Definia-se em contornos de liberdade,
Talhado em coragem, esforço e felicidade…
Ela, por sua vez;
Envolta de mistério e segredos escondidos,
Marcada em escuridão, gritos e gemidos…
Ele, em traços de pincel grosso;
Revelava-se de um tom moreno e jovial.
Olhos envoltos em promessas desfiguradas;
Impulsivas e ardentes como o fogo…
Ela, imperialmente pintada em segmentos macios;
Banhava-se em finas jóias de experiencia.
Tinha a pele branca e fria como o gelo.
Possuía cabelos negros, sibilantes como cobras
Os olhos eram oblíquos, entretecidos em sobras…
Ele, chamava-se Amor…
Ela, apelidava-se de Morte…
Ele vestia-se em branco;
Envolvido entre os raios do sol…
Ela, no seu respeito de senhora;
Escondia-se na opacidade da noite.
Reservada entre sombras e escuridão…
Amor e Morte, mais que tudo na existência do universo;
Amavam-se secretamente…
Andavam, sempre e sempre de mãos dadas;
Passeando entre sonhos e contos de fadas.
Ele apreciava o nascer dos pássaros,
E a simplicidade do veado a beber no regato…
Ela deliciava-se com o macabro da vida;
O cuco e expulsar os irmão do ninho,
E lobo a cacear-se com veado em sangue…
Ele;
Aparecia na lentidão,
Centrava-se, e espalhava-se no coração…
Ela;
Sempre na sua melancólica brusquidão
E sempre deixando alguém no caixão…
Lindo amor de morte!
Mas um dia;
Numa feia e trovejante discussão
Morte, sem querer;
Apontou o dedo ao Amor.
E assim foi!…
Amor morreu!...
E na sua aturdida, e doentia tristeza de culpa,
Morte atirou-se do precipício da paixão…
E assim foi…
Morte morreu!...
E assim veio esta história;
Inalterável no tempo;
E nunca contada até aos dias de hoje…
A história de amor:
De Amor e morte…
Que secretamente foram vivendo o seu amor;
Na placidez da morte!
BY: Blackbird…
Numa deliberada inspiração e numa impulsiva sede de escrever sobre o amor que sinto e vou vivendo nesta minha alma morta...