Hoje, não sei, sobre o que escrever,
Falar de amor é por demais rebuscado,
Que eu vejo por mal empregado,
Perder tempo com esse bem querer.
Já muitos falaram sobre o amor,
Que eu vejo-me na obrigação de variar
A contenda, tentando aqui lutar,
Contra as coisas do distinto clamor.
Orquídeas, sândalos e jasmim, têm
A mesma fragrância, quando a tarde cai,
Que eu sou de todos e sou de ninguém.
Sou um ser entre outros tantos seres aqui,
E tudo que cresce, prematuramente se esvai,
Quando tento, enfim, saber de mim.
Jorge Humberto
08/04/07