Sonetos : 

MEU POBRE RIO TEJO

 



O rio, que da janela eu vejo, não tem igual,
É o rio do meu país, que corre feito animal,
Enfrentando monstros e outras assimetrias,
Transformando dias em noites e noites em dias.

Os pescadores às suas águas lançam malhas,
Procurando o peixe fugidio, hoje só migalhas
De tempos idos, em que a comida abundava,
Assim que os barcos o ditoso peixe enfrentava.

Daqui partiram as Naus para Terras fecundas,
Em busca de especiarias e cristianização,
Oh, rio, quanto das tuas águas são infecundas!

Por nos perdermos e à nossa mui nobre história,
Ó rio Tejo, vitória de outrora, por tua assunção,
Ficou-nos só a desdita de tua pouca glória.

Jorge Humberto
06/04/07

 
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jorgehumberto
 
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Enviado por Tópico
MariaSousa
Publicado: 12/04/2007 20:59  Atualizado: 12/04/2007 20:59
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 Re: MEU POBRE RIO TEJO
Belo soneto ao meu rio preferido.