Desejo é um profundo sentimento,
de se ter ou alcançar, o que não se tem,
no exacto momento, da compulsão.
Não devemos forçar nunca, a outra
pessoa, a aceitar ou a acatar, nossos desejos,
por serem induzidos, muitas das vezes e
quase sempre, pelas nossas próprias vontades.
No entanto também é mais do que normal,
ter-se desejo, pelas mais variadíssimas coisas:
o que se requer aqui é a vontade, com que a
sufragamos, e, confiantes, seguir em frente.
Decepção, essa, apenas aparece, se somos
inflexíveis e só pensamos em nós, nunca no
«desejo» do outro, que pode ser pessoa, de
maior recato, do que esta, que vos escreve.
Respeito, pela outra pessoa, é portanto a medida
mais justa a aplicar, que o desejo, sem que nos
apercebamos, acabará sempre, por se realizar,
pois que não vive isolado: tão pouco é mártir.
Jorge Humberto
10/10/08