Rasgo as páginas ao final de cada dia
Destes tempos sombrios que
Os ventos tardam em levar embora
Reconheço que tens medo
Reconheça que me apavoro
Os dias devoram nossa história
Revoltam, revolvem, retornam
Atuamos, oscilamos e reagimos
Em mesma intensidade
Por motivos diferentes
Somos feito joio e trigo
Únicos ao afagar da mão
Avessos ao paladar da boca
Não somos nós a segurar a caneta
Não estaremos nunca seguros
Espero encontrar alguém
Nas ruínas do destino
Ao findar desta batalha
Alguém para afagar minhas mágoas
Alguém por quem recomeçar
Quisera eu
Quisera fosse você
Ana Heide (10/10/2008)
Todas as minhas obras são
registradas na Biblioteca Nacional
e protegidas pela Lei 9610 de 19/02/1998