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Caem as folhas, despem-me a alma, fico triste, fico só
Meu tronco retrocido agonia num lamento puro e insano
Peço ao vento que tenha piedade, que tenha dó
Eis minha impureza, eis o odor a fel que emano
Meus ramos entrançados dançam as despedidas
Sentem a partida dos doces momentos desta quimera
Ficaram sós, sem suas ninfas, as suas folhas caídas
Perdem a noção do tempo, onde o tempo a morte gera
Minhas raízes vão morrendo, sem água definham
Secas e moribundas apelam ao tronco por seiva pura
Com silêncio e como num fuzilamento se alinham
Esperando o tiro o aperto macabro da pedra dura
E morrem...
O tempo passa... os dias vêm...
...e então...
Renasce a esperança de uma nova era de uma nova vida
Brotam dos meus ramos pequenos beijos verdes, rebentos
A força da vida chega, vem então minha alma querida
Possui o meu tronco, meus ramos por calor estão sedentos
Hó! Folhas, musas dos meus sonhos do meu encanto
Dancem, cantem a uma nova ordem, a uma nova vida
Beijem, abracem, transmitam a alegria, deixem o pranto
Proclamem esta Primavera, a morte está de partida.
"Quanto maior a armadura, mais frágil é o ser que nela habita!"