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O PÁSSARO DE PRATA DA PRIMAVERA FELIZ

 
A ALDEIA

Andava pelo mundo um raro pássaro que era o único que havia restado da sua espécie. Ele era mágico, pois com a sua presença a primavera chegava. No local em que ele estivesse as flores desabrochavam e o sol surgia. As pessoas que o viam chamavam-o de 'O Pássaro de Prata da Primavera Feliz'. Certo dia este pássaro descansava calmamente numa árvore à beira do rio onde sua bela imagem refletia, e sua beleza reinava entre as flores que rodeavam aquelas águas num imenso silêncio. De repente um tiro ecoou quebrando aquele momento maravilhoso de paz. Que aconteceu ? Um caçador surge, pensando ter atingido a ave, a sorte foi que o tiro só passou por perto, só assustando-a. Mas o caçador teimoso disse pra sí mesmo_ Perseguirei esta ave por onde ela for, até conseguir pegá-la, não sossegarei enquanto não prendê-la numa gaiola. Assustado, o pásaro voa rumo a outro país, sem saber qual; o dia passou e a noite desceu sobre aquela aldeia, e a ave continuava voando... voando...voando, até que chegou noutra aldeia que há anos o sol não brilhava, nem as plantas floresciam; lá pousando, fez a primavera pousar com ele, transformando aquela aldeia pequena numa festa ded felicidade constante. O povo dali, sabendo que tudo aconteceu por causa da ave, ficou alegre,mas apreensivo e com medo de que ela fose embora, sabiam que se ela fosse, a alegria do povo iria também. Novamente a noite chegou, e o pássaro foi descansar, pensando que agora estava tudo em paz e nada de mal lhe aconteceria. Minutos depois que ele adormeceu, alguns aldeões o aprisionam numa gaiola, aprisionando também sem saber, a sua magia. No dia seguinte o povo amanheceu assustado, pois todas as flores haviam desaparecido, e os mesmos que o haviam aprisionado foram vê-lo pensando que estava morto, mas ele estava muito triste e decepcionado. Logo descobrem que, enquanto ele estiver preso, o sol não brilhará, nem haverá jardins floridos. Então eles resolvem soltar a ave, e com ela soltando o sol e as flores . Naquele mesmo dia, o dito caçador que tentou matá-lo uma vez, chegou na aldeia à procura da ave. Sai pela floresta em busca do pássaro, pois sabia que sem dúvida ele estaria alí...com tantas flores... Bem, só podia ser o Pássaro de Prata da priomavera Feliz' Não demorou muito, logo o encontra dormindo num galho de uma árvore, e atira tentando baleá-lo para depois se apossar e ficar sendo o dono da primavera. Mal sabia ele que não adiantava, que a natureza é livre e bela por si só. O povo da aldeia ouvindo o disparo, corre e pega o caçador inda com a arma na mão. Agredido o caçador despara a arma matando-os. E novamente a ave sai voando em direção a outro lugar.

O MILAGRE DO DESERTO

O Pássaro voa sem destino chegando num lugar horrivelmente quente, seco, onde o sol bate intensamente. _ Que estranho ! Não existe plantas! _ pensou o Pássaro_ Nada...nada.... Ficou pensativo... aquele lugar só podia ser um deserto. Mas sua presença, com poucos minutos operou um milagre. Num abrir e fechar de olhos, aquele árido desrto virou o lugar mais lindo do mundo. Cheio de flores, outros pássaros, alegria... e as pessoas a muito afastada do lugar, começaram a se chegar contentes. O lugar estava totalmente florido, e com muita água correndo, sua música era belíssima e perfumada...água...água...água...enfim, a primavera havia chegado ao deserto.
O caçador que há muito o perseguia seguiu sua pista, descobriu pelas flores o milagre que acontecia, pois sabia que onde a primavera fora de época surgisswe, lá estaria o Pássaro com sua magia. Andou...andou...andou... até que descobriu; muitos imigraram para aquelas bandas, aquele lindo lugar de novas paisagens e farta natureza. Gente de outros países se deslocaram para o novo e perfeito oásis; ficabndo assim o deserto cheio de mulheres e crianças e homens felizes a brincar naquele lindo jardim de sonhos, pois onde a ave pousava, lá a primavera e a felicidade estavam.
Mas para a tristeza daquela gente, o Pássaro foi banido, perseguido pelo caçador persistente. E lá se foi ele voando sem rumo, tendo que ir embora pelo mesmo motivo novamente. Coitado do pobre Pássaro...Que caçador malvado !

A POSSÍVEL PAZ FINALMENTE CHEGA

A pobre ave já envelhecida e cansada, chega ao único lugar que ainda não conhecia por todas as voltas que havia dado, ainda não tinha passado por aquele lugar. Antes de se estabelecer no local, verificou bem a vizinhança, e bem longe avistou o malvado caçador, e então se entristeceu... Ficou a esperar que aquele homem malvado o capturasse. Não aguentava mais fugir. Ficou sem se esconder. Até que então, chega o caçador e não vê a ave. Fala consigo mesmo:_ Que será que aconteceu ? Ela não está aqui !_ O caçador volta para sua tenda e espera a noite cair para poder avistá-la rapidamente, pois a escuridão era mais fácil, porque aquele Pássaro era de parat, e brilhava muito no céu a noite, parecia uma luz.
Quando anoiteceu, o caçador saiu para procurá-lo, porém, quando viu aquele brilho ficou estarrecido. Aquela luz que brilhava no céu foi caindo...caindo...caindo até desaparecer no meio da floresta. Entre as flores e as árvores estava uma imensa barra de prata. Aquela pobre ave chegou a triste conclusão, que ser um pedaço da natureza não era tão válido, só tinha valor para o homem, o vil metal. O Pásaro se foi, deixando aquele lugar numa primavera permanenete; o caçlador ambicioso levou aquela barra de parata, mas não serviu para ele e nem para ninguém. Todos os dias ela estava alí; podiam levar, mas no dia seguinte ela voltava para o mesmo lugar, pois ninguém seria o dono do Pássaro de Prata da Primavera Feliz, só Deus. Todo tem que estar onde é seu lar. Aquele Pássaro fazia parte da natureza, portanto teria que ser livre, livre para voar onde quisesse. Masninguém entendeu. Queriam aprisioná-lo dentro de gaiolas para ouví-lo cantar sua tristeza...e ficar pensando que estava cantando de alegria, quando na verade ninguémse alegra em estar preso. Aquela ave preferiu morrer, e ser livre no céu dos pássaros; ele só queria alegrar os homens, e foi banido como um criminoso, apedrejado e baleado como uma fera. _ Não ! A morte para ele seria a melhor coisa !_ pensou ele e morreu.
A vida é sempre melhor. Mas respeitar o que é certo e a liberdade faz dela o paraíso.

(Esta história foi escrita por Mônicka Christi aos 09 anos de idade com o qual participou de vários concursos escolares)




O homem justo cresce e se desenvolve ético por opção, não por coersão.


Mônicka Christi


 
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Mônickachristi
 
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