Destruído perante a sombra desta nossa vida Imperfeições inquebráveis de almas vazias Caminho neste frio, aqueço no gelo a alma perdida Descobrindo as ruínas do espírito, despidas, frias
Destruído pela sombra da cega imperfeição Imperfeito, desfeito, cruzado sem elmo nem cruz Paro, fujo, escondo-me na cegueira da desolação Encontro-me com a tristeza da solidão que me seduz
Sou um pseudo projecto sem pilares nem planta Sem serventia, sem nada debaixo destes mantos Simplesmente um propósito final de agonia lenta Onde a vida faz da tristeza o mais belo dos tormentos
Destruído pelo meu querer de quando não quero nada Inseguro, caminho com as lágrimas companheiras de viajem Destruindo tudo, até a bondade da mais pura fada Sigo o caminho para lá da longinqua margem
Sou simplesmente uma pena à deriva no vento Percorrendo caminhos pelos homens perdidos Caminhando por estes mundos a passo lento Lembrando-me das lágrimas de tempos esquecidos...
"Quanto maior a armadura, mais frágil é o ser que nela habita!"