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O PÊNDULO
Destemido salto nesta escuridão eterna
Salto perdido para um abismo inseguro
Caindo devagar nesta noite serena
Escorregando devagar de um passado sem futuro
Como um relógio sem corda nem certeza
O espírito vai caminhando na escuridão
Andando numa estrada sem chão sem firmeza
Um chão de onde se erguem as mãos
O pêndulo vai andando de lado para lado
Perguntando delicadamente ao tempo que tempo faz
É tempo de chorar lágrimas, esse é teu fado
Pois o tempo nunca pode voltar atrás
Sem poder dar corda ao relógio da vida
Ela vai parando embrutecida neste triste lugar
Corroida por um visco verde com cancro, peste e sida
Excêntrica parafernália onde perdemos a vida sem lutar
Mas o pêndulo continua a divagar sem sons sem gritos
Continua a dar e a receber os tempos perdidos
Perdendo-se a contagem em segundos infinitos
Trespassando o corpo com gritos doridos
"Quanto maior a armadura, mais frágil é o ser que nela habita!"