Liberdade para muitos é algo relativo, porém, para o homem dito civilizado, socialmente integrado, é algo extremamente egoísta do ponto de vista pessoal. Isto porque com o argumento de 'Ah!...eu trabalho, pago minhas contas e não devo satisfações à ninguém', muitos ou melhor, a maioria se esquece que não vive sozinho no mundo e que os meus direitos ou limites se findam justamente quando começam os direitos e limites daquele com quem convivo. O argumento mencionado chega a ser estúpido porque para sermos independentes dependemos de outros; daqueles que nos empregam ou se utilizam daquilo que produzimos, seja como produto ou mão de obra. Isto é, não somos uma ilha de liberdade, mesmo que pensemos ou queiramos , porque interagimos, necessitamos interagir, integrar algo, ser parte de um todo que requer uma simples atitude chamada respeito, que é uma obrigação mútua fundamental para que o mundo gire acordadamente civilizado, e possamos sobreviver sabendo ter direitos e deveres que podem e devem ser cumpridos para melhores resultados de progresso. É fundamental a compreensão destes princípios para que todos convivam e sobrevivam as intempéries da vida, cheia de atribulações, encargos, exigências muitas vezes dispensáveis, mas que existem legalmente, logo, se faz necessárias serem cumpridas.
Torna-se inadmissível o relacionamento entre desiguais, digo, não por status acadêmico ou financeiro, mas, indivíduos que se consideram acima do bem e do mal achando que tudo podem e nada devem. Não é assim que caminha a humanidade. É imprescindível a auto-conscientização e desta a auto-reformulação de conceitos que regimentam nossas vidas. Não é possível que em pleno século vinte e um, ainda encontremos pessoas vivendo mentalmente sem qualquer preocupação, nos tempos da caverna ou do império como déspotas que infelicitam todos aqueles que o cercam sem qualquer cerimônia.
Façamos um bem a todos nós, todos os dias em todas as horas, minutos, segundos...busquemos transformar-mo-nos paulatinamente, mas com firmeza, para que a nossa volta, a partir de nós mesmos, o mundo se transforme no paraíso tão desejado,no fundo de cada alma, por todos nós.
A verdadeira liberdade é a consciência de que somos deuses-embrião e parte de um grande e infinito ciclo auto-aperfeiçoador para a definitiva paz.
Liberdade não é dádiva. É conquista.
O homem justo cresce e se desenvolve ético por opção, não por coersão.
Mônicka Christi