Em minha depressão contemplo
Nuvens negras em meu caminho
Sem saber agora no momento
Se é bom sair ou dar um tempo
Fechado aqui no meu cantinho
Com minha dor e o meu lamento
Ou ir lutar contra os moinhos
Nestes dias eu perco a calma
Com dores que corroem a alma
E finjo que estou muito doente
Mas esta dor que vivo a fingir
Que muitas vezes penso sentir
É a angústia que o poeta sente
Este mal que é chamado tédio
Para curá-lo não há remédio
E tudo isso tenho que suportar
Daria tudo o que tenho na vida
Para um dia encontrar guarida
E deste terrível mal me livrar
Quando o sol volta tudo anima
Parece que dou a volta por cima
E aí, saio a andar pela cidade
Minha mente vai se desanuviando
As flores vão se desabrochando
E assim volta a minha felicidade.
jmd/Maringá, 07.10.08
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