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Linhas cruzadas imperfeitas e partidas
Rabiscos de caneta sem tinta nem cor
Prosas ou poemas desta vida sofrida
Onde perdura a raiva e onde se perde o amor
Sem perceber o que faço ou o que escrevo
Deixo minha mão navegar no oceano de papel
Batido pelo medo, tempestade e enredo
Afundo, naufrago neste tinteiro de fel
São escritos curtos vazios e dementes
São escritos saídos dos agouros da alma
São palavras vãs, frias, roucas e doentes
São palavras saídas de mãos sem palma
Agora vem somente o ponto de exclamação
Trazendo a frase a entoação fria devida
Trazendo a raiva, a tristeza e a desolação
Terminando a quadra com um sentir de vida perdida
Com poucas palavras em mente divago
Percorro a Portuguesa com calões e alegorias
Figuras de estilo para encher! Ai Saramago!
Que lês estes pseudo versos! não te rias!
Escrevo sem jeito de poeta ou criador
Simplesmente rasuro o papel que chora
Por escrever palavras sem alma nem cor
E que me pede para terminar por agora
Por escrever tão mal despejando a raiva
Vou abortando palavras e enterrando frases
Despejando na cova palavras de gelo, saraiva
Tentando assim com o meu mundo fazer as pazes.
"Quanto maior a armadura, mais frágil é o ser que nela habita!"