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Neste mundo de desespero, vivo
Sentindo o sofrimento do que fiz
Mesmo assim percorro só, furtivo
Percorro o caminho que escolhi,o que quis
Estou só, sem sangue, sem ninguém
Vivo na minha própria agonia de viver
Arranco do corpo a alma o bem
O meu sangue arde, sinto-o a ferver
Sem misericórdia e sem salvação
Encontro-me comigo mesmo na encruzilhada
As amarras prendem-me as mãos
E assim vou vivendo nesta terra malvada
O ser não muda, destruindo à passagem
Destruindo a verdade, elaborando a mentira
Vivemos do lado de cá, deixámos a outra margem
A margem que de berço já nos servira
Vaguemos como espectros, moribundos
já não há ninguém que deite a mão
Vivemos em espaços ocos e profundos
De onde os gritos são abafados pelo chão
"De profundis valsa lenta" dizia Cardoso Pires
Dançando na tumba ao som das agonias
Morte cega que leva sem pensares, nem pedires
Valsa lenta neste mundo de arrelias
Estou farto de voltar a nascer
De voltar à terra do ódio e do sofrimento
De voltar ao mundo para perecer
Dai-me o sono,a paz e o descanso eterno.
"Quanto maior a armadura, mais frágil é o ser que nela habita!"