Anavalhada
febril e só
a penumbra pousou
nos domínios da noite,
e espalha no íntimo cru
o sabor dos amantes,
desenfreadas
ressoam sombras na luz
que o luar bebe
pelas fragas dos destinos,
desaguados escolhos
no nascer das manhãs.
Animais por entre o breu,
escurecidos a escapulirem-se
nas solidões perdidas
que regressam aos corpos
pela voragem do silêncio
que sangram dentro dos rostos
- crepitam gritos sufocados
de um sol adormecido
num quebranto de vidro.