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repentinamente passam

 
Tags:  poema de amor    ventos alísios  
 
repentinamente
passam

as tempestades e os ventos alísios

limpos
os ventos, nítidos desmaios circunflexos
d’harpas e corpos celestiais…

[aplaco a monção
se galgo a hora verde ao ensejo do gesto…]

depois, nos teus olhos os meus dedos
ao redor da íris
porquanto, juntos, rabiscamos sigilos
na vertigem, no vórtice e, em espiral
somos


abismo …,

repentinamente
gérmen …

(re)florimos gente.






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Autor
Mel de Carvalho
 
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Enviado por Tópico
Tânia Mara Camargo
Publicado: 04/10/2008 20:09  Atualizado: 04/10/2008 20:09
Colaborador
Usuário desde: 11/09/2007
Localidade:
Mensagens: 4246
 Re: repentinamente passam
Mel, parecem anjos em renascimento,
ou seja, de maneira espiritual,
o renascer de uma alma. Lindo!
Beijos!


Enviado por Tópico
luísfilipepereira
Publicado: 18/10/2008 11:23  Atualizado: 18/10/2008 11:23
Participativo
Usuário desde: 12/10/2008
Localidade: Lisboa
Mensagens: 15
 Re: repentinamente passam
Mais um belo poema de Mel de Carvalho. Se tento, toscamente, analisar o que senti na leitura do poema, direi em breve jeito: a tonalidade solar ou luminosa expendida em vocábulos como:limpos, nítidos, celestiais; o ritmo iterativo e eufónico dado no adv. de modo "repetidamente" que instrui o eu poético na continuidade da demanda de um reverdescimento ("hora verde") do Ser, que além das adversidades e dos tumultos, aplaca as monções, num gesto poemático de restituição, numa floração em figura de gente, rumo á abissal recuperação de um apaziguamento. Parabéns!

luís filipe pereira
wwww.lippepereira.blogspot.com (grato pela sua belíssima e atenta análise do meu "A casa do Poema", convoco-a para o poema novo que lá introduzi, na sequência da homenagem de ontem ao grande poeta António Ramos Rosa)