Para onde vais
caravela,
cruzeiro,
porta-aviões?
Como chamas ao teu ancoradouro?

Como fazes para te levantar
do sólido chão,
da gravidade e da massa
de que te retrais?
Porque te queres erecto e não quadrúpede?


Cais...



In Ambiguo


Sou fiel ao ardor,
amo esta espécie de verão
que de longe me vem morrer às mãos
e juro que ao fazer da palavra
morada do silêncio
não há outra razão.

Eugénio de Andrade

Saibam que agradeço todos os comentários.
Por regra, não respondo.

 
Autor
Rogério Beça
 
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Enviado por Tópico
Nanda
Publicado: 03/10/2008 12:19  Atualizado: 03/10/2008 12:19
Membro de honra
Usuário desde: 14/08/2007
Localidade: Setúbal
Mensagens: 11099
 Re: Cais
Rogério,
o que importa é que tenhamos todos um cais, um porto de abrigo para ancorar.
Bjs
Nanda

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 03/10/2008 18:25  Atualizado: 03/10/2008 18:25
 Re: Cais
Um poema ambíguo de múltiplos sentidos, na sua unidade lexical e graciosidade poética. Abraço.