as tuas mãos nunca aprenderam a dar colo, os teus braços são tenases que apanham este ou aquele abraço, só quando calha. a tua boca aprendeu a soletrar muitos silêncios e as palavras que nela moram comem-te os dentes. todos os dias das horas fazes segundos e o tempo voa-te nos olhos. há alguns dias, alguns sítios apagados do mapa, que, quando a porta da casa se fecha, te levam a dar uma volta. a tua loucura sempre foi a forma mais decente de viveres, a tua loucura é minha por herança assim como todas as tuas doenças.
gostava de voltar à casa, apagar o incêndio do meu peito e abraçar-te os braços, pedir colo às mãos mas o que me resta é um boa tarde alice que bem podia ser um boa tarde mãe.
. façam de conta que eu não estive cá .