Poemas -> Introspecção : 

"Prelúdio"

 



Um toque sutil, da brisa que refresca

A luz tênue de uma tarde caindo

Um olhar para o alto.

As montanhas silenciosas

Sopro do ar, leveza da folhagem

Perfume de fim de dia.

Burburinhos na mata

Matizes de cores diversas,

Seguem enfeitando a paisagem

De mais uma tarde de inverno

Nuvens que passam correndo

Passarinhada voando apressada

Chuva se aproximando

Deixará brilho e viço

Num vindouro amanhecer

A cadeira de balanço, jaz velha

Ao canto esquecida

Sem rangidos... sem vida.

A chuva vem mesmo!

As rosas vão se perdendo em pétalas

As trepadeiras vergando.

A mata assobiando

A noite terá companhia

As montanhas ficarão molhadas

Os ninhos acolherão as aves

O riacho se encherá.

Fará frio na madrugada

A velha cadeira,

Que outrora balançava

A um canto ora deixada,

Não importa que fique molhada

Permanecerá por lá esquecida

Sem despedida.

Sem vida!


Eliana Braga
Gaivot@
Campinas/sp;br


 
Autor
LetraViva
Autor
 
Texto
Data
Leituras
574
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.