Um toque sutil, da brisa que refresca
A luz tênue de uma tarde caindo
Um olhar para o alto.
As montanhas silenciosas
Sopro do ar, leveza da folhagem
Perfume de fim de dia.
Burburinhos na mata
Matizes de cores diversas,
Seguem enfeitando a paisagem
De mais uma tarde de inverno
Nuvens que passam correndo
Passarinhada voando apressada
Chuva se aproximando
Deixará brilho e viço
Num vindouro amanhecer
A cadeira de balanço, jaz velha
Ao canto esquecida
Sem rangidos... sem vida.
A chuva vem mesmo!
As rosas vão se perdendo em pétalas
As trepadeiras vergando.
A mata assobiando
A noite terá companhia
As montanhas ficarão molhadas
Os ninhos acolherão as aves
O riacho se encherá.
Fará frio na madrugada
A velha cadeira,
Que outrora balançava
A um canto ora deixada,
Não importa que fique molhada
Permanecerá por lá esquecida
Sem despedida.
Sem vida!
Eliana Braga
Gaivot@
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